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Jaguariúna é um município da Região Metropolitana de Campinas, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se a 22º4220" de latitude sul e 46º5909" de longitude oeste, a uma altitude de 584 metros. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 59 921[5] habitantes. De acordo com as pesquisas arqueológicas mais recentes, os primeiros vestígios de assentamentos humanos na região central do atual estado de São Paulo datam de cerca de 9.500 anos atrás,[9] sendo identificados como grupos de caçadores-coletores nômades, produtores de diversos artefatos em pedra lascada. Estes grupos construíam assentamentos provisórios nos vales e margens dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia, utilizando-os como rotas fluviais e fonte de alimentos.[10] Em geral, esses primeiros grupos são costumeiramente associados às tradições tecnológicas Umbu e Humaitá, devido ao tipo de ferramentas líticas que produziam e utilizavam.[11] Por sua vez, grupos indígenas ceramistas teriam alcançado a região entre Mogi Mirim, Campinas e Jaguariúna a partir do século I da Era Cristã. Em maior número, semi-sedentários e agricultores, baseavam sua dieta alimentar em plantas ricas em carboidratos (como o milho e a mandioca), coleta de frutos, raízes e nozes silvestres, além da proteína obtida através de pesca e caça. Também teriam plantado várias espécies não alimentícias, como cabaças, tabaco, algodão e urucu.[12] Esses grupos indígenas seriam os ancestrais diretos daqueles encontrados pelos colonizadores luso-brasileiros, falantes de línguas filiadas aos troncos Macro-Jê e Tupi-Guarani.[13] Vestígios dessa antiga ocupação da região ainda podem ser observados em sítios arqueológicos locais, onde fragmentos cerâmicos associados às tradições tecnológicas Tupiguarani e Aratu foram identificados.[14] Visto que as primeiras “entradas” e “bandeiras” que atravessaram a região a partir do século XVI pouco geraram de informações sobre estes grupos indígenas, os quais foram paulatinamente escravizados e expulsos para áreas mais interioranas da agora América Portuguesa, pouco se sabe atualmente sobre suas afiliações étnicas e costumes. Ainda assim, embora sejam raros os relatos sobre os primeiros grupos ameríndios encontrados pelos colonos europeus no atual interior paulista, algumas fontes indicam a presença de Tupis e Tamoios.[15] Paralelamente, uma antiga doação de sesmaria, datada de 26 de fevereiro de 1726, aponta a existência de uma aldeia indígena entre os rios Camanducaia e Jaguari.
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